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Sobre o Romance

Puta tem família é um romance escrito por Thais Helena Leite.  É a história de Helena e uma sequência de encontros e desencontros com sua irmã Aurora, que foi perseguida pelo Regime Militar e se tornou prostituta nos anos 1980/90. Nessa narrativa sobre mulheres que moravam em Vitória e depois foram para São Paulo, a trama começa com o nascimento de Helena na década de 1960, que adulta vive a procurar a sua irmã e termina num natal, em 2010.

 

Com forte viés histórico, apresenta um Brasil que tinha propagandas ufanistas do governo, passeio escolar na Exposição do Exército, leitura do Pasquim, tentativa de prisão de Aurora pelos agentes do SNI (Serviço Nacional de Informação), bem como descreve a presença marcante da TV como meio de comunicação de massa em especial nos anos 70. O período da redemocratização também é contextualizado, com a citação da volta da eleição direta para governador e a cena cultural underground dos anos 80.

 

Romance ancorado numa narrativa com muitos diálogos, Puta tem família apresenta regionalismos (para diferenciar e dar mais realismo às cenas ambientadas no Espírito Santo, em São Paulo e em Minas Gerais) e expressões típicas de cada época (em especial as dos anos 1960). Quanto ao narrador, primeiro onisciente, vai sendo substituido pela Helena, narradora personagem, conforme ela vai se tornando adulta.

Algumas opiniões 

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Jonas Reis 

Imortal da Academia Espirito-santense de Letras

Li "Puta tem família".Denso, deixa pouco espaço para respirar. Ação e diálogos o tempo todo, verdadeiro script, roteiro, não tem aqueles capítulos intermináveis que os romances reservam para quebrar o ritmo. A história é muito boa, muito detalhe de época recheando o drama familiar. O circuito SP/RJ/ES/MG dá movimento à trama, desloca o eixo da narrativa. Fica a dúvida do que é ficção e realidade. A moça realmente teve aquela militância na África? O finale no Silvio Santos. Gostei. Parabéns! 

Francisco Grijó

professor e escritor

Esse texto é feminino no melhor jeito de falar. É um livro sobre o que é ser mulher, o tempo passando, e a figura feminina se mantendo ali, forte, decidida.

(...)

Você tem um romance cujo título sugere sexo e você não fala de sexo. É interessante porque a não abordagem é difícil também.

Não é só usar as palavras, é difícil também não usá-las.

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Lara Pignaton Perim

Médica hematologista
e pediatra

Apesar da narradora do livro ser Helena, existe um brilho de coragem e irreverência na Gabi, que com o livro consegui sentir e entender. 

A fluidez do texto, a dinâmica dos capítulos, a descrição muitas vezes sinestésicas me fizeram sentir e viver um pouco dessa história. PS. quero meu autógrafo.

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